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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não quero um Romance Ruim.


Essa é a minha versão para a música infame da Lady Gaga:


Não quero ficar presa num romance ruim, por isso coloquei um fim
Não quero um romance ruim...
Eu quero o que tem de belo em você
Eu quero sua saúde
Eu quero tudo que há de bom em você
Enquanto é gratuito eu quero seu Amor
Eu não preciso de você
Mas eu quero muito ter um relacionamento saudável com você
Quero muito um bom romance
Eu quero seu Amor
Você e eu poderíamos escrever uma ótima história de Amor.
Eu quero seu Amor
Eu quero seu Amor...


Eu detesto a letra Bad Romance da Lady Gaga.... tudo já estão tão distorcido e eu não posso ficar concordando com certas coisas...
Mas no fundo acho que ela tem razão, já que está praticamente impossível ter um bom romance, então apelamos para um romance ruim... 
Acho irônico certas coisas... principalmente as que costumo ouvir... tipo: "Ah você é a mulher que eu quero para minha vida inteira..." Essa vida inteira durou 1 mês e 11 dias... 
Por que alguém quer namorar com você sendo que no íntimo ele não quer compromisso?
Por que a grande maioria dos homens são tão egoístas? Eles tem a própria vida, e você se quiser que se adeque a ela... sem te perguntar absolutamente nada.
Você tem que ser linda, inteligente (mas por favor não demonstre demais essa inteligência) e aceitar calada tudo o que ele quer, e claro... estar disponível sempre no horário que ele pode.
É tão complicado as pessoas usarem máscaras para te conquistar e depois de um tempo elas se mostrarem verdadeiramente o que elas são, e isso não te agradar em nada... Dá um vazio, uma desilusão...
As pessoas raramente são honestas. É incrível!
É frustrante...
Dá vontade de jogar a toalha e gritar: ESTÁ BEMMMMMMMMMM EU VOU FICAR SOZINHA PORQUE SIMPLESMENTE NÃO EXISTE HOMEM NO MUNDO QUE SIRVA PRA MIM...
Ou talvez...
ESTÁ BEMMMMMMMMMM EU VOU FICAR SOZINHA PORQUE SIMPLESMENTE NÃO SIRVO PRA NENHUM HOMEM NO MUNDO...
Que versão ficou melhor?
Bem... eu só estou me sentindo triste. Eu queria mesmo dizer que estava começando um relacionamento e que estava sendo legal, duradouro... que estava fluindo da maneira como tem que ser...
Mas foi um fim de algo que nem chegou a começar realmente...
Porém, nunca perdemos o que de fato nunca nos pertenceu, não é mesmo?
Mas eu honestamente quero um bom romance...


"Sou uma cética que crê em tudo, 
uma desiludida cheia de ilusões,
uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida,
uma indiferente a transbordar de ternura."




terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Certezas...


"Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto".

(Certezas - Mário Quintana) 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Neurose...


 Estou neurótica. Fico imaginando coisas... 
Coisas que até teriam lógica de estarem acontecendo... mas não posso afirmar com certeza.
Porque sempre existe um "se"?
Sabe quando se está incrédulo? Me sinto assim... não creio em mais nada. Parece que tudo se foi...
Até as lágrimas...
Sou a maior chorona do planeta, e ultimamente nem chorar tenho conseguido mais...
É tão ruim quando se está esperando que algo bom irá acontecer, e o que era pra ser bom acaba se tornando uma decepção.
Eu sei lá...
Estou esquisita!



"Tão distante... e tão perto...
Tão ausente... e tão presente...
Tão enlouquecedor..."
(Suely Ribella)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cristal.


"Mudam-se os tempos, 
mudam-se as vontades;
mudam-se o ser,
muda-se a confiança;
todo o Mundo é composto por mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades diferentes
em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança 
e do bem (se algum houve...) 
as saudades..."
(Luiz Vaz de Camões)


A confiança é como cristal... depois de quebrada, pode-se tentar colar, mas nunca volta a ser como antes.
Fico pensando no andar de tudo que acontece na humanidade desde os primórdios... porque somos tão fracos? Almejamos tanto certas coisas e quando finalmente as conseguimos jogamos tudo ralo a baixo por nada?
Queremos aquele namoro... quando parece que conseguimos, um dos dois estraga tudo com algo completamente desnecessário, como ferir a confiança.
E por nada... ou talvez, um ego idiota.
Entre a Vida Eterna e a Morte (disfarçada de conhecimento), escolhemos a Morte...
Entre o certo e o errado, vamos sempre no errado...
Entre o bem e o mal, fazemos o mal...
Parece que nunca nada está certo, e que tão pouco irá ficar...
Só sei que confiança quebrada é algo difícil de reconquistar!


"Os humanos me Assombram."
(A Morte - A Menina que Roubava Livros)



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Leve...



Estou me sentindo leve...
Como há muito não sentia...




"Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve..."

 
 
"Que o breve
seja de um longo pensar

Que o longo
seja de um curto sentir

Que tudo seja leve
de tal forma
que o tempo nunca leve."

(Alice Ruiz)
 
 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Triste...


"Como se retoma o curso de uma antiga vida? Como se segue em frente? 
Quando, no íntimo, começa-se a entender que não há volta?
Há certas coisas que o tempo não pode curar.
Algumas feridas são tão profundas que nos acompanham para sempre."

(Tolkien - O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei)


A TRISTEZA PERMITIDA (Marta Medeiros)



Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.