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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Algumas Mentiras Sinceras...


Eu a observava pela janela.
Parecia brava... ou seria chateada?
Ela dizia algo sobre sentir-se enganada.
Havia encontrado um passarinho machucado no jardim, e nos desenhos que ela assistia todos os bichinhos machucados se recuperavam e viviam felizes!
Ela dedicou tempo para cuidar do passarinho, mas ele não sobreviveu...
Os desenhos eram mentirosos.
Também se empenhava em ser gentil e atenciosa com todos.
Lia histórias de que a vida nos devolvia o que a oferecíamos...
Mas ela oferecendo gentilezas, coleguismo, discrição, paciência e atenção...
Não recebia nada disso de volta.
Foi quando ela deixou de ler textos motivacionais.
Na faculdade, aquele coordenador engomado dizia que ao formarem os tapetes se estenderiam pra eles...
Mas ela esforçava-se bastante para conseguir algo apenas mais ou menos...
Ou seja, havia sido enganada também pelos orientadores da faculdade.
Os pais floreavam as histórias...
Mas ao descobrir a dura verdade, ela sofria muito mais na realidade.
E um dia leu algo sobre que só porque as pessoas não nos amam como gostaríamos, não quer dizer que elas não nos amem com tudo que podem.
No entanto ela se recusou a acreditar nisso.
Achou ser só mais um enganador...
Agora ela só acreditava que não deveria esperar nada de ninguém.
Seja este quem for...
Foi quando ela saiu da janela e seguiu seu caminho.
E eu continuei sozinho...






Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto

 

"Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,

Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo.

A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer.

Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor."

 
(Renato Russo)