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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Grito do Silêncio...


Já teve aquela vontade imensa de gritar sem parar, mas tinha certeza que ninguém escutaria seu grito?
É sempre estranho... cada dia que passa tenho menos vontade de falar, e de responder aquelas eternas perguntas repetitivas e enjoativas de sempre...

Tenho me sentido amarga, mal humorada, irritada... não suporto mais não suportar as mesmas coisas de sempre.

Certas coisas cotidianas são legais...

Mas outras são insuportáveis.
Como aquela pergunta idiota de TODOS os dias na hora do almoço que minha mãe faz... Ela termina o almoço, me chama para almoçar e pede para chamar meu irmão e meu pai, chegando eu na cozinha, a pergunta de todo dia: "Já chamou seu pai e seu irmão para almoçar?" Parece pouco para se irritar, mas ouvindo a mesma pergunta todos os dias não há como não se irritar. Porque é ÓBVIO que chamei, não começaria a comer sem chamar a todos, não precisa nem ela pedir isso, afinal está implícito na educação que ela mesma me deu.

Outra pergunta que tenho cada dia menos vontade de responder são aqueles estranhos que te perguntam se você está na fila, quando é ÓBVIO que você está na fila. Afinal de contas um monte de gente parado um atrás do outro, diante de um caixa, só pode ser uma fila. Ninguém pararia ali por diversão...

¬¬

Mas honestamente, isso é o de menos...

O grito preso na garganta é contra a ignorância.
É tentar entender o que parece não ter entendimento.

Há tanta coisa ruim e estranha no mundo.
As pessoas humilham umas as outras para se sentirem melhores. Maltratam crianças, bichos e idosos...

Não fazem questão nenhuma de entender.
É triste... só o que posso dizer.

Eu não poderia estar no lugar de Deus nem por um segundo. Faria estragos imensos, como esterelizaria uma série de pessoas, e mandaria raios em cima de outras...
Creio que não sobrariam muitos para contar nossa história.

Mas é que certas coisas não dá para entender. Como: Se alguém não quer ser pai e mãe, porque não tomam as devidas precausões?
Estava vendo um reality show, e uma integrante descobriu lá no programa que estava grávida, e ela tem apenas 18 anos; e ela estava orando à Deus para que Ele fizesse o milagre de permitir que ela abortasse naturalmente.

O que é pior? Abortar um filho ou matá-lo homeopaticamente pelo resto de sua vida?
Já vi isso algumas vezes... A "boa" mãe e o "bom" pai decidem não abortar, mas tornam a vida daquele filho um inferno pelo resto da vida; como responsabilizando a criança pela infelicidade e mediocridade de ambos.

Eu não sou a favor do aborto, se você foi mulher e homem para fazer sexo sem proteção, então assuma as consequências desse ato.

Mas para o fruto desse deslize, eu não sei o que teria sido pior, ter sido abortado, ou ser assassinado cada dia, aos poucos... lentamente...
Abortar um filho não significa apenas tirá-lo enquanto ainda é um feto. Aborto é também colocar um filho no mundo e culpá-lo por sua infelicidade, é fazer da vida dele uma tristeza dia após dia, é não fazer questão de entendê-lo, é fazer com que ele se sinta inseguro e inferior, é fazer com que ele mesmo não tenha mais vontade de continuar vivo, é achar que dar escola e comida é mais que suficiente e isso te rende o prêmio de mãe/pai do ano...
Que sociedade mais podre e medíocre...
Será que estamos tentando enganar a quem?

Nunca vou entender...
E meu grito parece que será sempre um silêncio profundo, onde ninguém ouve, ou entende...

E "Viva la Vida"...




"Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes se fechavam contra mim
E eu então descobri, que meus castelos se apoiavam
Sobre pilares de sal e pilares de areia."

(Viva la Vida - Coldplay)