Eis-me aqui parada em frente ao computador tentando escrever sobre algo que não seja triste...
Mas estou triste. Meu cachorrinho Digby morreu, e a alegria lá de casa caiu em níveis elevados...
Sempre preferi os bichinhos às pessoas...
Bichinhos são fofos e fiéis, só atacam quando se sentem ameaçados e estão sempre ali pra você!
Humanos são falsos e geralmente uma caixa de decepções, te atacam em troco de nada, e a grande maioria você não pode contar pra nada...
Estou sentindo muita falta do Digby... e sei que essa saudade não vai passar, afinal de contas a falta que a Cherriè e o Snoopy fazem nunca passou...
Saudades de vocês... meus bebês!
(...)
"Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
(...)
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência..."
(Clarice Lispector)