Sabe que sinto falta da ignorância. Aquela doce ignorância da época em que eu achava que tudo era ótimo, que as pessoas eram boas, e que o mundo era um lugar bom. Quando eu não fazia idéia de que realmente existiam pessoas más que fazem bastante coisas ruins... Pessoas que prendem animais silvestres em seu quintal, que mantêm crianças amarradas, que humilham, que judiam...
Ando desanimada de me manter informada. Li a revista Época e a Isto É essa semana e já bateu uma imensa descrença da humanidade, matérias sobre traição, tráfico de animais, violência infantil... algo meio pessimista,meio otimista sobre a posse de Obama... e por aí vai.
Então bateu aquele desânimo momentâneo... uma preguiça de ser humana e ter que conviver com tudo isso. Então um monte de pensamentos pessimistas começam a rondar minha mente... do gênero que as pessoas mentem e são falsas, são volúveis e nada confiáveis, são estranhas e costumam desperdiçar as boas oportunidades da vida porque simplesmente acham que aquele ainda não é o momento... Depois elas voltam arrependidas e dizem que estavam erradas, quando já é tarde... Dá pra entender?
Quando digo pra minha mãe que preferia ser uma borboleta a um humano ela briga comigo. Mas parece que as borboletas têm mais objetivos... ou talvez não tenham nenhum objetivo.
Então começo a me lembrar daquelas pessoas que não gostam de mim, mas vivem de sorrisos amarelos para meu lado... daquelas fofocas inventadas no trabalho, daquelas punhaladas pelas costas... e daqueles risos amarelos...
Já cansei de chorar assistindo jornal e lendo revistas informativas... não canso de me perguntar como podem existir pessoas tão ruins...
Me perguntaram ontem como consigo ficar sozinha... a resposta é: Já me acostumei! É sempre difícil nadar contra a maré, mas prefiro ser sozinha a ter que compactuar com tanta corrupção, falsidade e sorrisinhos amarelos...
Os sorrisinhos amarelos de fato me incomodam...
Para não dizer que só vi coisas chatas esse início de semana na tv, jornal e revistas... Vi um casal interessante contando sua história na tv; um casal, ele gaúcho a conheceu em SP, mas ela é do RN; namoraram um ano pelo telefone, se viram 3 vezes e já se casaram; depois de dois anos de casados resolveram vender tudo e assumiram um sonho de morar num ônibus e desenvolver um projeto social no sertão brasileiro. O casal criou um projeto com oito frentes de conscientização dos sertanistas para que eles tenham como agir para conseguirem seus sonhos. Oficinas de leitura, de corte de cabelo, de artesanato, palestras motivacionais e preventivas estão dentre as ações empregadas. A idéia deles é não só dar o peixe, mas ensinar a pescar. Hoje, o projeto tem 40 voluntários, mas a idéia é ampliar.
Bem, ainda existe romantismo, amores possíveis e pessoas decentes...
Deu até um ânimo agora!
Deu até um ânimo agora!
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo:
a tua vara e o teu cajado me consolam."
(Salmo 23.4)